A linguagem de sinais é a maneira como os
surdos conversam com as outras pessoas, elas envolvem movimentos que podem
parecer sem sentido para muitos, mas que significam a possibilidade organização
das ideias e a estruturação dos pensamentos dos surdos. Esse módulo foi
dividido em cinco partes muito importantes e interessantes, que despertaram em
mim o interesse em conhecer mais a disciplina e aprender a falar em libras, os
módulos foram: O primeiro teve como tema conhecendo a surdez e as suas
implicações, onde ficou claro que antes de iniciar um trabalho com alunos
surdo-mudo precisamos conhecer o processo de audição e como ele funciona. Para
isso precisamos perceber, reconhecer, interpretar e finalmente, compreender os
diferentes sons do ambiente que só é possível graças à existência de três
estruturas que funcionam de forma ajustada e harmoniosa, constituindo o sistema
auditivo humano, são elas: orelha externa, orelha média e orelha interna. Uma das
partes mais interessante desse capítulo foi como funciona o processo auditivo e
todos os impulsos elétricos que são enviados para o nervo auditivo. Também
achei importante saber sobre as três dimensões físicas: frequência, amplitude e
complexidade e a tabela que foi apresentada explicou muito bem o seu
funcionamento. Em fim, esse capitulo foi a introdução a surdez propriamente
dita e as suas causas, enfatizando que a surdez é uma deficiência física e não
uma doença, ou seja, uma pessoa não pode ser curada da surdez, mas, pode ser
tratada para ter uma vida digna e independente.
No segundo capitulo aprendemos sobre o
diagnostico da deficiência auditiva, classificação das perdas auditivas e a
identificação de crianças com surdez. Primeiramente aprendemos a diferencia deficiência
auditiva de surdez, não apenas por uma questão didática, mas para facilitar o
entendimento, mesmo isso já tendo sido explicado no capitulo anterior. É muito
importante que a partir dos seis meses de vida, a avaliação audiológica pode
ser feita através do audiômetro pediátrico, que possibilita noção aproximada do
grau de perda auditiva do que quantitativa. As vantagens são baixo custo, fácil
realização e aparelhagem pouco sofisticada e as desvantagens são a
suscetibilidade a interferências ambientais, como ruídos, pistas visuais e
interferência dos pais. As deficiências auditivas são classificadas em: condutiva,
sensório-neural, mista, central ou surdez central.
O terceiro capitulo explicou sobre as
identidades surdas categorizando as pessoas surdas, pois, cada pessoa tem as
suas diferenças, que são facilmente observáveis. Essas categorias são
utilizadas apenas didaticamente e não têm pretensão de classificar uma pessoa
pejorativamente. Existem sete classificações de identidades, são elas:
identidade politica, identidade surdas híbridas, identidade surdas flutuantes,
identidades surdas embaraçadas, identidades surdas, identidades surdas de
diáspora e identidades surdas intermediárias. Abaixo um breve resumo sobre cada
uma delas:
1.
Identidade
politica: A identidade politica é fortemente marcada e são mais presentes em
surdos que pertencem à comunidade surda apresentando as seguintes
características:
I.
Possuem a
experiência visual que determina as formas de comportamento cultura, língua,
etc.
II.
Carrega
consigo a língua de sinais. Usam sinais sempre, pois é sua forma de expressão,
eles têm o costume bastante presente que os diferencia dos ouvintes e que
caracteriza a diferença surda: a captação da mensagem é visual e não auditiva,
o envio de mensagens não usa o aparelho fonador, mas as mãos.
III.
Aceitam-se
como surdos, sabem que são surdos e assumem um comportamento de pessoas surdas.
Entram facilmente na politica com identidade surda, onde impera a diferença:
necessidade de intérpretes, de educação diferenciada, de língua de sinais, etc.
2.
Identidade
surda híbrida: São os surdos que nasceram ouvintes e com o tempo alguma doença,
acidente, entre outros os deixou surdos;
I.
Convivem
pacificamente com as identidades surdas;
II.
A escrita
obedece a estrutura da língua de sinais, pode igualar-se a língua oral e usam
sinais sempre;
III.
Dependendo
da idade em que a surdez chegou, conheceram a estrutura do português falado e o
envio ou captação da mensagem vez ou outra é na forma da língua oral;
3.
Identidade
surda flutuante: Aqui encontramos os surdos que não tem contato com a
comunidade surda e não contam com outros benefícios da cultura surda. Eles têm
algumas características peculiares, são elas:
I.
Seguem a
representação da entidade ouvinte;
II.
Não
participam da comunidade surda, porque são induzidos no modelo da entidade
ouvinte;
III.
Desconhecem
ou rejeitam a presença de interprete de língua de sinais;
IV.
Orgulham-se
de saber faltar "corretamente";
4.
Identidade
surda embaraçada: As identidades surdas embaraçadas são do tipo que podemos
encontrar diante da representação estereotipada da surdez ou desconhecimento da
surdez questão cultural.
I.
Os surdos não conseguem captar a representação
da identidade ouvinte. Nem conseguem compreender a ideia;
II.
O surdo não tem condições de usar língua de sinais, não lhe foi ensinada nem teve contato com a
mesma;
III.
São pessoas vistas como incapacitadas.
5.
Identidade
surda: Estão presentes na situação dos surdos que devido a sua condição social
viveram e ambientes sem contato com a identidade surda ou que se afastam da
identidade surda.
I.
Vivem no momento de
transito entre uma identidade e outra.
II.
Se a aquisição da cultura
surda não se da na infância, normalmente a maioria dos surdos precisa passar
por eles momento de transição, visto que grande parte desse são filhos de pais
ouvintes.
III.
No momento em que esses
surdos conseguem contato com a comunidade surda, a situação muda e eles passam pela des-ouvintização, ou seja, rejeição da
identidade ouvinte.
6.
Identidade
surda de diáspora: essas identidades divergem das identidades de transição.
Estão presentes entre os surdos que passam de um país a outro ou; inclusive
passam de um estado brasileiro a outro, ou ainda de um grupo surdo a outro. Ela
pode ser identidade como o surdo carioca, o surdo brasileiro, o surdo norte mercado.
É uma identidade presente e marcada.
7.
Identidades
surdas intermediárias: o que vai determinar a identidade surda é sempre a
experiência visual. Neste caso, em vista desta característica diferente, distinguimos
a identidade ouvinte da identidade surda.
I.
Geralmente essas pessoas apresentam
alguma porcentagem de surdez, mas levam uma vida de ouvintes;
II.
Utilizam aparelhos de audição;
III.
Precisam de treinamento oral e amplificadores de sons;
IV.
Não usam interpretes de cultura surda, etc;
V.
Não compreendem a necessidade de interpretes;
VI.
Tem dificuldade de encontrar sua própria identidade
visto que não são totalmente surdos e nem ouvintes.
No quarto capitulo foi explicado que Libras
(Língua Brasileira de Sinais) são uma língua natural usada pela maioria dos
surdos do Brasil. Tem sua origem na língua de sinais francesa. As línguas de
sinais não são universais, cada país possui a sua própria língua de sinais que
sabe as influências da cultura nacional. Diferente de todos os idiomas já
conhecidos, que são orais e auditivos, a libras é visual-gestual, é uma língua
pronunciada pelo corpo.
Por fim o quinto e último capitulo trabalhou
sobre as filosofias educacionais existentes e as que ainda não existem dentro
das escolas, mas, que os professores devem estar atentos a cada uma delas. Existem
duas filosofias educacionais principais em relação aos surdos, que são
refletidas no comportamento da sociedade para os mesmos:
·
Oralismo,
que defende o aprendizado apenas da língua oral. Tendo como objetivo aproximar
o surdo na forma máxima possível do modelo ouvinte, por meio da aprendizagem da
língua, sendo esta analisada como instrumento de integração social e de
aprendizado global e da comunicação. Sua proposta incide sobre a
"recuperação" da pessoa surda, denominada de "deficiente
auditivo", seguindo critérios clínicos.
·
Bilinguismo
que defende o aprendizado da língua oral e da linga de sinais, reconhecendo o
surdo na sua diferença e especificidade. Nessa analise, a língua é considerada
um meio para o desenvolvimento do ser em seu todo, capaz de propiciar a comunicação
das pessoas surdas como os ouvintes, bem como com seus pares, além de
desempenhar também o papel de suporte do desenvolvimento cognitivo.
CONCLUSÃO
Pude perceber que esse módulo não teve a
intenção de nos ensinar a compreender a linguagem de sinais, mas, sim de
despertar em nós a consciência da importância de aprender e conhecer mais esse
idioma. Como futuros professores iremos encontrar em nossa jornada de trabalho
vários alunos com surdez e precisaremos ensina-los da mesma forma que os
outros, e para fazermos isso com excelência precisamos compreender o que ele
está dizendo. Aprender libras facilitará a nossa comunicação com esses alunos e
também com outras pessoas que encontraremos ao longo das nossas vidas.
*Resumo realizado a partir do material didático disponibilizado pelo Instituto Prominas para os alunos matriculados em seus cursos*
*Resumo realizado a partir do material didático disponibilizado pelo Instituto Prominas para os alunos matriculados em seus cursos*
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