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03 fevereiro 2018

Libras - Linguagem de Brasileira de Sinais


A linguagem de sinais é a maneira como os surdos conversam com as outras pessoas, elas envolvem movimentos que podem parecer sem sentido para muitos, mas que significam a possibilidade organização das ideias e a estruturação dos pensamentos dos surdos. Esse módulo foi dividido em cinco partes muito importantes e interessantes, que despertaram em mim o interesse em conhecer mais a disciplina e aprender a falar em libras, os módulos foram: O primeiro teve como tema conhecendo a surdez e as suas implicações, onde ficou claro que antes de iniciar um trabalho com alunos surdo-mudo precisamos conhecer o processo de audição e como ele funciona. Para isso precisamos perceber, reconhecer, interpretar e finalmente, compreender os diferentes sons do ambiente que só é possível graças à existência de três estruturas que funcionam de forma ajustada e harmoniosa, constituindo o sistema auditivo humano, são elas: orelha externa, orelha média e orelha interna. Uma das partes mais interessante desse capítulo foi como funciona o processo auditivo e todos os impulsos elétricos que são enviados para o nervo auditivo. Também achei importante saber sobre as três dimensões físicas: frequência, amplitude e complexidade e a tabela que foi apresentada explicou muito bem o seu funcionamento. Em fim, esse capitulo foi a introdução a surdez propriamente dita e as suas causas, enfatizando que a surdez é uma deficiência física e não uma doença, ou seja, uma pessoa não pode ser curada da surdez, mas, pode ser tratada para ter uma vida digna e independente.
No segundo capitulo aprendemos sobre o diagnostico da deficiência auditiva, classificação das perdas auditivas e a identificação de crianças com surdez. Primeiramente aprendemos a diferencia deficiência auditiva de surdez, não apenas por uma questão didática, mas para facilitar o entendimento, mesmo isso já tendo sido explicado no capitulo anterior. É muito importante que a partir dos seis meses de vida, a avaliação audiológica pode ser feita através do audiômetro pediátrico, que possibilita noção aproximada do grau de perda auditiva do que quantitativa. As vantagens são baixo custo, fácil realização e aparelhagem pouco sofisticada e as desvantagens são a suscetibilidade a interferências ambientais, como ruídos, pistas visuais e interferência dos pais. As deficiências auditivas são classificadas em: condutiva, sensório-neural, mista, central ou surdez central.
O terceiro capitulo explicou sobre as identidades surdas categorizando as pessoas surdas, pois, cada pessoa tem as suas diferenças, que são facilmente observáveis. Essas categorias são utilizadas apenas didaticamente e não têm pretensão de classificar uma pessoa pejorativamente. Existem sete classificações de identidades, são elas: identidade politica, identidade surdas híbridas, identidade surdas flutuantes, identidades surdas embaraçadas, identidades surdas, identidades surdas de diáspora e identidades surdas intermediárias. Abaixo um breve resumo sobre cada uma delas:
1.      Identidade politica: A identidade politica é fortemente marcada e são mais presentes em surdos que pertencem à comunidade surda apresentando as seguintes características:
                               I.            Possuem a experiência visual que determina as formas de comportamento cultura, língua, etc.
                            II.            Carrega consigo a língua de sinais. Usam sinais sempre, pois é sua forma de expressão, eles têm o costume bastante presente que os diferencia dos ouvintes e que caracteriza a diferença surda: a captação da mensagem é visual e não auditiva, o envio de mensagens não usa o aparelho fonador, mas as mãos.
                         III.            Aceitam-se como surdos, sabem que são surdos e assumem um comportamento de pessoas surdas. Entram facilmente na politica com identidade surda, onde impera a diferença: necessidade de intérpretes, de educação diferenciada, de língua de sinais, etc.
2.      Identidade surda híbrida: São os surdos que nasceram ouvintes e com o tempo alguma doença, acidente, entre outros os deixou surdos;
                               I.            Convivem pacificamente com as identidades surdas;
                            II.            A escrita obedece a estrutura da língua de sinais, pode igualar-se a língua oral e usam sinais sempre;
                         III.            Dependendo da idade em que a surdez chegou, conheceram a estrutura do português falado e o envio ou captação da mensagem vez ou outra é na forma da língua oral;
3.      Identidade surda flutuante: Aqui encontramos os surdos que não tem contato com a comunidade surda e não contam com outros benefícios da cultura surda. Eles têm algumas características peculiares, são elas:
                               I.            Seguem a representação da entidade ouvinte;
                            II.            Não participam da comunidade surda, porque são induzidos no modelo da entidade ouvinte;
                         III.            Desconhecem ou rejeitam a presença de interprete de língua de sinais;
                         IV.            Orgulham-se de saber faltar "corretamente";
4.      Identidade surda embaraçada: As identidades surdas embaraçadas são do tipo que podemos encontrar diante da representação estereotipada da surdez ou desconhecimento da surdez questão cultural.
                               I.            Os surdos não conseguem captar a representação da identidade ouvinte. Nem conseguem compreender a ideia;
                            II.            O surdo não tem condições de usar língua de sinais, não lhe foi ensinada nem teve contato com a mesma;
                         III.            São pessoas vistas como incapacitadas.
5.      Identidade surda: Estão presentes na situação dos surdos que devido a sua condição social viveram e ambientes sem contato com a identidade surda ou que se afastam da identidade surda.
                               I.            Vivem no momento de transito entre uma identidade e outra.
                            II.            Se a aquisição da cultura surda não se da na infância, normalmente a maioria dos surdos precisa passar por eles momento de transição, visto que grande parte desse são filhos de pais ouvintes.
                         III.            No momento em que esses surdos conseguem contato com a comunidade surda, a situação muda e eles passam pela des-ouvintização, ou seja, rejeição da identidade ouvinte.
6.      Identidade surda de diáspora: essas identidades divergem das identidades de transição. Estão presentes entre os surdos que passam de um país a outro ou; inclusive passam de um estado brasileiro a outro, ou ainda de um grupo surdo a outro. Ela pode ser identidade como o surdo carioca, o surdo brasileiro, o surdo norte mercado. É uma identidade presente e marcada.
7.      Identidades surdas intermediárias: o que vai determinar a identidade surda é sempre a experiência visual. Neste caso, em vista desta característica diferente, distinguimos a identidade ouvinte da identidade surda.
                               I.            Geralmente essas pessoas apresentam alguma porcentagem de surdez, mas levam uma vida de ouvintes;
                            II.            Utilizam aparelhos de audição;                                           
                         III.            Precisam de treinamento oral e amplificadores de sons;
                         IV.            Não usam interpretes de cultura surda, etc;
                            V.            Não compreendem a necessidade de interpretes;
                         VI.            Tem dificuldade de encontrar sua própria identidade visto que não são totalmente surdos e nem ouvintes.
No quarto capitulo foi explicado que Libras (Língua Brasileira de Sinais) são uma língua natural usada pela maioria dos surdos do Brasil. Tem sua origem na língua de sinais francesa. As línguas de sinais não são universais, cada país possui a sua própria língua de sinais que sabe as influências da cultura nacional. Diferente de todos os idiomas já conhecidos, que são orais e auditivos, a libras é visual-gestual, é uma língua pronunciada pelo corpo.
Por fim o quinto e último capitulo trabalhou sobre as filosofias educacionais existentes e as que ainda não existem dentro das escolas, mas, que os professores devem estar atentos a cada uma delas. Existem duas filosofias educacionais principais em relação aos surdos, que são refletidas no comportamento da sociedade para os mesmos:
·         Oralismo, que defende o aprendizado apenas da língua oral. Tendo como objetivo aproximar o surdo na forma máxima possível do modelo ouvinte, por meio da aprendizagem da língua, sendo esta analisada como instrumento de integração social e de aprendizado global e da comunicação. Sua proposta incide sobre a "recuperação" da pessoa surda, denominada de "deficiente auditivo", seguindo critérios clínicos.
·         Bilinguismo que defende o aprendizado da língua oral e da linga de sinais, reconhecendo o surdo na sua diferença e especificidade. Nessa analise, a língua é considerada um meio para o desenvolvimento do ser em seu todo, capaz de propiciar a comunicação das pessoas surdas como os ouvintes, bem como com seus pares, além de desempenhar também o papel de suporte do desenvolvimento cognitivo.

CONCLUSÃO
Pude perceber que esse módulo não teve a intenção de nos ensinar a compreender a linguagem de sinais, mas, sim de despertar em nós a consciência da importância de aprender e conhecer mais esse idioma. Como futuros professores iremos encontrar em nossa jornada de trabalho vários alunos com surdez e precisaremos ensina-los da mesma forma que os outros, e para fazermos isso com excelência precisamos compreender o que ele está dizendo. Aprender libras facilitará a nossa comunicação com esses alunos e também com outras pessoas que encontraremos ao longo das nossas vidas.
*Resumo realizado a partir do material didático disponibilizado pelo Instituto Prominas para os alunos matriculados em seus cursos*

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