INTRODUÇÃO
Essa disciplina irá trabalhar a atuação dos profissionais antes, durante e depois das aulas EAD, sua estrutura e metodologias que podem ser utilizadas para facilitar o ensino-aprendizagem dos estudantes. Iremos discutir as diversas questões relacionadas as metodologias na modalidade a distância e presencial, como o uso dos novos recursos tecnológicos podem melhorar a qualidade das aulas ou até mesmo aumentar a distância professor-aluno, se não for utilizada com planejamento.
As unidades que a serem estudadas são:
Unidade 1 – Tecnologia e Educação a Distância (EaD)
Unidade 2 – Metodologias em EaD: paradigmas
Unidade 3 – Ferramentas síncronas e assíncronas de aprendizagem em AVA
Unidade 4 – O tempo e a autonomia em EaD
UNIDADE 1
Prática de EAD tem existido há muitos anos. Grécia antiga e Roma já usavam cartas com objetivo de instrução. Somente com a mídia impressa a educação a distância passou a ser considerada um Sistema educacional, Primeira geração da EaD: escrita. A
1º Geração EaD: Escrita
2º Geração EaD: Multimídia
3º Geração EaD: Rádio e Televisão
4º Geração EaD: Combinação dos Recursos mais a utilização da internet e computadores.
Muitos alunos iniciam as aulas EAD com preconceitos ou achando que serão aulas mais fáceis e por isso, não precisam se dedicar tanto mas, na verdade é o contrário. As aulas a distancia podem ser mais complexas e difíceis, pois o aluno não terá a participação dos colegas de turma para retirar suas dúvidas, precisará alocar tempo no seu dia para estudar os livros textos, realizar as atividades e trabalhos disponíveis no AVA que computam nota e presença, além de realizar as provas presenciais no polo, para realizar tudo isso precisará de muito esforço e dedicação.
Em 2007 MEC definiu um documento, Referências de Qualidade para a Educação Superior a Distância, embora sem força de lei, serve como referencial norteador para subsidiar atos legais do poder público no que se refere a processos de regulação, supervisão e avaliação da modalidade.
A interatividade deve ser entendida como a conexão entre o indivíduo e a informação. A interação é muito mais ampla, podendo ser digital ou não. Implicando trocas e influências entre pessoas, com conversas, discussões, etc;
A utilização das tecnologias na educação, desde o inicio tem deixado professores receosos de que os alunos aprendam mais, do que eles sabem ou aprendam de uma maneira diferente daquela que ele ensina. Mas, enquanto alguns não concordam com a intensa utilização das tecnologias na educação, outros além de utilizá-las em suas aulas ainda incentivam que outros professores também façam o mesmo. Segundo os pesquisadores Anderson e Garrison (2003), os núcleos escolares e os professores precisam ter cuidado quando introduzirem as tecnologias em seus cursos ou aulas, porque, ela modifica tudo: desenho do curso, planejamento, materiais das aulas, atividades, formas de avaliações, profissionais que irão trabalhar com os aluno, etc; E ainda afirmam que para realizar essa inclusão os professores precisam estar preparados para lidar com as mais variadas reações dos alunos.
É importante pensar que diferentes concepções em educação afetam o sistema educacional, as teorias servem de base para o desenvolvimento dos programas e materiais didáticos. E por isso, o Projeto Politico e Pedagógico da Instituição precisa levar em consideração questões básicas sobre o ensino e aprendizagem dos alunos. O PPP é um documento que imprime uma direção com especificidades e singularidades apresentando o funcionamento de um curso, determinando suas prioridades, sua inserção no contexto social, econômico e acadêmico do país. As tecnologias que serão empregadas em um curso podem ou não favorecer no ensino aprendizagem dos alunos, por isso, devem estar a serviço do PPP e não apenas ser utilizado no momento. Tudo sempre deve estar escrito de maneira clara para facilitar a compreensão dos alunos.
Epistemologia é o estudo científico que trata dos problemas relacionados a crença e ao conhecimento, sua natureza e suas limitações.
O maior problema das instituições que trabalham com ensino a distância, é não se preocuparem com as questões metodológicas e pedagógicas dos cursos. Como elas podem utilizar várias metodologias acabam dando mais ênfase na parte estrutural e organizacional do negócio. No Brasil, muitas instituições começaram a trabalhar com cursos EAD utilizando novas tecnologias, sem antes, oferecer um curso formativo para os professores sobre a utilização dessas ferramentas, ou seja, tem muitos professores ensinando em cursos EAD perdidos nos PPP da instituição, eles não sabem qual objetivo estão tentando alcançar e isso é preocupante.
É importantíssimo que os professores tenham formação em ambientes de aprendizagem EAD, segundo os autores Pawan et al. (2003) as interações entre os alunos em cursos da modalidade EAD, geralmente restringem-se a trocas de informações, em discussões em fóruns que na maioria das vezes são apenas monólogos, onde os participantes não se esforçam para interagir com os colegas do curso.
MATERIAL COMPLEMENTAR RECOMENDADO
1 - Livro - Thomas Joseph Burke - Por uma revolução de qualidade no ensino
2 - Site do MEC – Referências de Qualidade para Educação EAD
3 - Artigo - Pierre LÉVY. O que é virtual? Trad. Paulo Neves. São Paulo, Ed. 34, 1996.
4 - Artigo - A Mediação Pedagógica em Propostas de Formação Continuada de Professores em Informática na Educação. Link:
REFERÊNCIAS
GERVAI, Solange Maria Sanches; GENGHINI, Edna Barberato. Atuação dos Profissionais em EAD: Estrutura e Metodologia (livro-texto, unidades I, II, III e IV) – São Paulo: Pós-Graduação Lato Sensu UNIP, 2019.
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